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"Como julgar o homem pelos seus pecados perante um Deus onipotente? "
A onipotência segundo dicionário significa: poder supremo, máximo, soberano.
Onipotente: todo poderoso. Não podemos negar a onipotencia divina a nivel de sabedoria e conhecimento pois deus me parece ser um algo existente dotado de total conhecimento, mas aceitar um Deus onipotente sobre todas as coisas não creio ser racional , pois ele asssim seria o responsável por tudo que acontece no mundo, ppor todas as atidudes hmanas e suas imperfeições da mesma forma que um pai é responsável por seus filhas quando pequeno.
" Ninguém, certamente , negara que a idéia de existência de um deus pessoal, onipotente, justo e onibeneficente seja capaz de fornecer ao homem consolo, ajuda e orientação, também em virtude sua simplicidade essa idéia e acessível a mente menos desenvolvida. Mas por outro lado há pontos fracos decisivos ligados a idéia em si. os quais foram penosamente percebidos desde o começo da historia. Por exemplo, se esse ser e onipotente, então todos os pensamentos sentimentos aspirações humanas são também obra sua, como é possível pensar em responsabilizar os homens por seus atos diante de um ser todo poderoso?
Ao distribuir castigos e recompensas, ele estaria de certa forma , julgando a si mesmo... como combinar isso com a bondade e a retidão atribuídas a ele?"
trecho livro: livro clipping Einstein por ele mesmo
Podemos imaginar também da seguinte forma:
"poderia deus criar uma pedra tão grande que não daria conta de carrega-la?"
Imaginar deus criando algo tão imenso que nem ele suportaria carrega-la , nos mostraria um ser de extremo poder por ter criado tão objeto; mas no entanto fraco e impotente, pois não controlaria sua criação assim sua criação seria onipotente.
- Sobre a perfeição divina
A imobilidade da causa primária
" se tudo tem sua causa, é preciso supor uma causa primaria, que tenha dado início ao ciclo infindável de potência-ato-potência. Tal causa primaria, por ser a primeira, não pode ter sido causada por alguma outra. Deve ser imóvel, pois o movimento supõe uma causa, e nesse causo ela não seria a primeira. Tampouco possui potencialidades, pois se as tivesse acabaria por ser mover, transformando-se em ato. Não pode ser material: a rigor, a matéria só existe numa forma, o que significa que uma causa eficiente a uniu, deve ser então forma pura. Imóvel, ato puro sem potência e pura forma, a causa primeira pôs em movimento o conjunto de universo. É o motor imóvel.
Da teoria platônica do mundo inteligível, assim, Aristóteles conserva a unica idéia ou forma separada ( ou transcendente ), sob o nome de "Deus". Essa separação e radical: o Deus de Aristóteles não cria o mundo nem interfere no seu curso, como o demiurgo de Platão, pois criar ou interferir implica movimento, além disso, sendo perfeito, esse deus deve ser também conhecimento inteligência e pensamento, mas não pode conhecer o mundo que lhe é exterior, pois conhecer algo que esta fora de si significa suprir uma privação, transformando a potência em ato- o que também é movimento. Nessa medida, deus só pode ser pensamento do pensamento, o conhecimento de si mesmo. E só pensa em si próprio, numa eterna auto-contemplação. Por tudo isso, o conceito de Deus de Aristóteles em quase nada se assemelha ao do cristianismo- e só com muito custo o pensamento cristão, na idade media , iria conseguir adaptar um ao outro.
Com esse Deus, satisfeito consigo mesmo, tão incomunicável e alheio, pode constituir-se na suprema finalidade do mundo? sendo imóvel e bastando-se a si mesmo. A iniciativa de por o mundo em movimento não pode, a rigor, ter partido dele, e antes o mundo que se movia pela atração que sua perfeição provoca. Tal atração e o amor. deus porem não ama o mundo- ele não é o Deus dos cristão. É o mundo que o ama e quer se assemelhar a ele, repetir sua eterna perfeição.
Assim , o movimento é a passagem da potência ao ato, pois as coisas desejam assemelhar-se ao ato puro que é Deus. Se elas buscam o seu lugar natural, onde podem encontrar repouso, é porque deus é o eterno repouso. As espécies reproduzem-se e conservam-se como tais porque assim imitam a eternidade de Deus. Mas, imperfeito, o mundo jamais alcança a perfeição plena e deve recomeçar seu eterno ciclo de movimento. de modo geral, pode-se dizer que o sentido ultimo do movimento é a imobilidade."
HISTÓRIA DA FILOSOFIA (1999)
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